CERSA e FMCJS marcam presença na Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia; Evento denuncia impactos de energias eólicas
Representantes do Comitê de Energias Renováveis do Semiárido (CERSA), em parceria com o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental (FMCJS) participaram nesta quinta-feira (16), em Montadas (PB), da 14ª edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia. O evento contou com a presença de agricultoras que atuam no Polo da Borborema, além de outras regiões da Paraíba e do Nordeste.
Com o objetivo de protestar contra os danos causados pela presença de parques eólicos e grandes usinas solares nos territórios rurais em que vivem, o evento foi realizado no Dia Nacional da Conscientização das Mudanças Climáticas.
Representando o CERSA, José de Anchieta falou sobre a importância do momento que denunciou a contradição na produção industrial da energia dita renovável e o papel das mulheres à frente desta luta.
“ as grandes empresas e o capital não respeitam os territórios, seus povos, seus modos de vida nem a biodiversidade. A luta das mulheres é uma luta heróica em defesa da vida e merece todo nosso apoio e resoeito”.
Apresentações culturais levaram ao público, por meio de um teatro popular como é a chegada dos grandes parques, que passam às pessoas que vivem nos territórios a falsa idéia de progresso. Sem muito conhecimento, algumas famílias passam por alguns constrangimentos ao arrendar um espaço de suas propriedades.
A artista Lia de Itamaracá também abrilhantou o evento com sua música e dança de roda. “Essa ciranda não é minha só. Ela é de todos nós”, declamou a cantora.
Outro destaque do evento foi a presença da juventude rural que se destacou com um forte movimento pela causa. As articulações por parte dos jovens vem sendo mobilizadas junto às entidades e comunidades por meio da comunicação popular como a produção de panfletos, programas de rádios e diálogos com as pessoas.
A organização do evento e a presença da feira agroecológica chamaram atenção dos participantes. Distribuição de água mineral, vendas de diversos produtos e comidas típicas, fizeram toda a diferença na Marcha.
A participação do CERSA no evento contou com o apoio do Fundo Casa Sicioambiental que também tem apoiado diversas organizações e experiências que resistem ao modêlo centralizado de geração e comercialização de energia a partir das fontes renováveis.
O CERSA recebe o apoio do Fundo Casa.
Palloma Pires – Jornalista/ Comunicadora Popular CERSA