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Expedição Avalia Impacto De Parques Eólicos no Vale do Sabugi

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O CERSA promoveu no dia 22 de Julho, uma expedição na região paraibana do Vale do Sabugi. A ideia é dialogar com as comunidades sobre as modificações causadas pela instalação de parques eólicos na localidade.

A comitiva foi formada pelos coordenadores do CERSA e membros da diretoria da Frente Por Uma Nova Política Energética Walmeram Tríndade e César Nóbrega, o técnico-agrícola do Programa de Ação Social e Políticas Públicas Aíres Humberto, o Gerente da Casa da Economia Solidária de Pombal José de Anchieta, os professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG-Campus Pombal) Gustavo Sales e Ricélia Marinho, e as agentes da Comissão Pastoral da Terra(CPT/Borborema) Vanúbia Martins e Valdenice Silva e o garoto Arthur Marinho de 10 anos de idade.

A expedição foi dividida em dois momentos,  o primeiro foi conhecer o sítio das eólicas situados nas comunidades Lagoa I(São José do Sabugi), Lagoa II(Santa Luzia) e Canoas(Junco do Seridó). Já no segundo momento, os representantes do CERSA conversaram com os moradores da região sobre a chegada das centrais eólicas. Para tanto foi preciso a articulação da estudante Camila Medeiros junto às comunidades.

Na primeira etapa, os ambientalistas puderam observar que turbinas estão sendo montadas degradando o meio ambiente. Em vários locais pode-se notar o desmatamento da caatinga. Outro ponto observado,  foi a abertura de novas estradas e o alargamentos das antigas desviando a rota tradicional.

Abertura de novas passagens no Vale do Sabugi
Abertura de novas passagens no Vale do Sabugi

 

Na segunda fase da expedição, os participantes do CERSA dialogaram com os representantes das Associações Comunitárias das comunidades de Riacho Fundo, Redinha e Redinha de Baixo pertencentes ao município de São José do Sabugi.

Segundo os moradores,  o primeiro passo do consórcio NeoEnergia Hiberdrola  – empresa responsável pela implementação das usinas eólicas – foi o arrendamento  das terras para começar o estudo de prospecção de vento e a análise de potencial eólico.   A empresa buscou as propriedades com no mínimo 150 hectares.

Atraídos pela oferta de empregos temporários, os habitantes  viram com bons olhos a chegada dos empreendimentos. Porém, eles perceberam que poços de água começaram a secar por conta da retirada de água para a construção das bases das turbinas eólicas.

Outro ponto negativo que eles elencaram é que a empresa que está instalando as turbinas fez um projeto de compensação sócio ambiental onde não contempla o perfil das comunidades.  A empresa formulou um projeto único na área de processamento de frutas para todo o município, que não agradou os camponeses.

Durante a conversa, os representantes  do CERSA apresentaram o Comitê e o projeto de se promover um Fórum de Energia Solar do Vale do Sabugi, em parceria com o Instituto Frei Beda de Desenvolvimento Social(IFBDS) e apoio do Fundo Socioambiental CASA . Para tanto, serão realizados três seminários de preparação. As  associações comunitárias presentes na reunião se comprometeram de articular pessoas da região para se fazerem presentes no primeiro seminário que que está previsto para o dia 31 de Agosto.

ENIO MARX – ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO DO CERSA

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4 thoughts on “Expedição Avalia Impacto De Parques Eólicos no Vale do Sabugi

    • Você é nosso companheiro, Arthur!! 🙂

      Resposta
  • Impactos que parecem ter mais a ver com empreendimento mal feito do que com funcionamento do parque eólico em si. Pensei que leria algo sobre barulho afugentando espécies, ou diminuição de populações de insetos e aves mortos nas hélices, e as consequências disso (se fosse o caso). Há estudo sobre comprometimento da fauna? Obrigada

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  • Eugenio Galiza da Silva

    Tive a oportunidade de conhecer e achei bacana. Uma empresa espanhola dando cabo a um projeto futuro, empregando os nativos da serra e trazendo oportunidades e desenvolvimento a uma região árida e esquecida. Muito bom.

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